quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

carta

Recife, 3 de dezembro de 2009.

M,
Primeiro é hora de confissão. Você ainda me machuca, mas todas as feridas cicatrizaram. Ainda sim, uns arranhões ainda aparecem.
Não são mais as tuas palavras que me fazem ganhar o dia, outros sorrisos me fazem feliz.
Não é mais pensando em você que eu durmo, e minhas manhãs de axé voltaram com tudo. Não movo céus e terras pra te ver, nem evito te encontrar. Tua presença ou a falta dela não me afetam mais.
Antes as lágrimas me cegavam, hoje eu olho e consigo ver.
Hoje eu descobri o que eu quero, ou ao menos, o que eu acho que eu quero.
Você nunca foi meu amigo, nunca vai ser. Só que isso não diminue a importancia que teve pra mim.
Eu me apeguei a cada memória, não queria te deixar sair. Agora que saiu eu consegui voltar, recuperei não só espaço. Quando as lágrimas secaram eu recuperei a minha paz.

R.