segunda-feira, 26 de abril de 2010

finalmente

Nunca soube o que eu queria fazer com ou da minha vida, mesmo assim sempre mirei os alvos mais altos. Sempre quis dominar o mundo, mas nunca gostei de admitir em voz alta, as vezes vontade se confunde com ego e a maioria das pessoas não gosta de escutar esse tipo de coisa.

Comigo sempre foi tudo ou nada, drama e excelência. A maioria das coisas que eu gosto acaba virando obsessão, tento até não sobrar mais nada, mas eventualmente, tudo esfria. Sempre achei que isso era porque eu esgotava os assuntos. Foi assim com guerras gregas, direito romano, filatelia.

Hoje eu descobri que esse não é o caso, problema é que eu direciono pra o que eu posso, quando alguma coisa que me parece interessante me aparece. Só que quando eu perco o interesse, bater na mesma tecla vira tortura.

Sempre mirei os alvos mais altos e nunca gostei de admitir. De um tempo pra cá, fiquei com medo de querer de verdade. Ando me contentando com a vontade. Problema é que eu acho que nunca quis nada de verdade, por falta de alguns objetivos meus, coloquei o que as pessoas esperavam de mim como prioridade. Consegui a cidade, a faculdade e me perdi.

Me perdi e nem percebi, agora não faço idéia de onde eu quero estar de verdade, isso me assusta. Fiquei com medo de querer alguma coisa de verdade, eu já tenho tanto que eu não me sinto no direito de continuar querendo.

Fiquei com medo de querer de verdade e a dor de não conseguir ser maior que eu. Fiquei com medo de querer qualquer coisa e comecei a me afastar de tudo.

Me contento com o que eu tenho e fujo das conseqüências. Aí você chega e eu nem sei se eu te quero de verdade, mas você me faz enxergar as possibilidades. Finalmente me faz querer abrir os olhos.

sábado, 24 de abril de 2010

recado da amiga.

"Igualzinho ao que acontece com todas as pessoas, num trecho ou outro da estrada, eu já senti tanta dor que parecia que os golpes haviam me quebrado toda por dentro. Não sabia se era possível juntar os pedaços, por onde começar, nem se o cansaço me permitiria movimentos na direção de qualquer tentativa. Quando o susto é grande e dói assim, a gente precisa de algum tempo para recuperar o fôlego outra vez. Para voltar a caminhar sem contrair tanto os ombros e a vida. Um espaço para a gente quase se reinventar.

O tempo passa. O fôlego retorna. Parece milagre, mas as sementes de cura começam a florescer nos mesmos jardins onde parecia que nenhuma outra flor brotaria. A alma é sábia: enquanto achamos que só existe dor, ela trabalha, em silêncio, para tecer o momento novo. E ele chega."

(Ana Jácomo)

segunda-feira, 19 de abril de 2010

so

Pior parte de morar sozinha é o que todo mundo mais fala. É também o mais mal interpretado. É a solidão.
Mas não é a parte de dormir em um apartamento vazio ou ver um filme sozinha. É quando a gente acorda e teve um sonho estranho e não tem ninguém pra acordar, é morrer de rir com alguma coisa que leu e não ter pra quem mostrar, aquele dia a noite quando ninguém tá muito afim de sair e só resta a televisão aberta. Essa é a pior parte.
Ter aquele insight que na hora você acha genial e não ter ninguém pra contar a descoberta ou escolher sozinha aquele filme com uma taça de vinho.
Desfazer a cama e perceber que não falou com ninguém o dia inteiro, talvez o entregador de pizza, mas ele nem conta. Essa é a parte mais difícil, e é também a que eu nunca vou me acostumar.

domingo, 11 de abril de 2010

Empire State of Mind


New York to me is a feeling, a sensation, not the island. It’s the place I always dreamed, watched in movies and like to thought like a safe place for my head to rest.
Manhattan is a state of spirit, it's a place in my mind, or at least it used to be.
Now its a memory, my future and intangible dream.
Its that super cold winter wind in my face, not being able to take the gloves off to put ChapStick on.
That island is my safe place, the Christian Louboutin showcase and the smell inside the MAC store at the Henri Bendel's, the craziness in the F21.
The Orly place that since I left all I can think about are ways to be there for the rest of my life. Forget the uneasiness, run from the unsure and Just be. Be truly happy. The place where I felt I was at home.
I never knew what I wanted with my life, never new exactly where I wanted to be or what to do, NYC gave me the feeling that I can do anything, that I can be what ever I want, even when I don't know what that is.
That city gave me my dreams back, it's like some of the rooms at the Met Museum, in the medieval expositions there are some rooms that are so real you think that anytime the door will be pushed open and the owner will enter claiming what is his, and that's when I saw that the girl I used to be can have her wished realized, the book published and a great editor, the prince with the guitar hanging around the neck. Everything.