terça-feira, 30 de junho de 2009

às vezes

pensar que na maioria das vezes é preciso tão pouco, e em algumas nem esse pouco é requisito..


~~> inacabado.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

memória

Eu achava que eu precisava me afastar, precisava de tempo. Foram precisos 850km e um corte que levou metade do meu cabelo pra eu ter certeza que não, não dá pra parar de pensar em você. Tudo que todos esses quilômetros fizeram foi aumentar a minha saudade, a vontade de te ter perto de mim.
Mas eu sei que é melhor assim, tento me convencer todos os dias que eu acordo pensando em você de que não, a gente não dá certo. Que o que tem que me parar não são os empecilhos, mas eu mesma. Que eu preciso seguir e te deixar.
Descobri que eu não preciso de desculpas, eu preciso parar com isso e pronto. Problema é que eu não sei como, o que eu sei é que um dia a tal solução vai chegar, não sei se o tempo ou o vento, ou ainda outra pessoa. Mas eu sei que um dia eu vou conseguir te olhar e as lágrimas vão virar sorrisos, memórias.
Só que agora não dá pra rir de nada, enquanto eu não consigo apagar tua imagem. E enquanto isso eu fujo, corro de uma esperança que eu não tenho como apagar, ao menos por enquanto.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

noite

Toda vez que eu te vejo é assim, tudo que eu sinto pode ser resumido em vontade de você. E eu só me sinto te esperando, a maior parte do tempo é pra você chegar, pra depois ficar assim, sem saber o que fazer.
Quando tu vai embora, mesmo pelos motivos mais fúteis, eu fico aqui pensando em você.
E eu não quero ser essa pessoa, sentir isso.. Não quero mais nada, mais ninguém, só a minha paz de volta, pra eu conseguir escrever sobre outra coisa, e para os textos não ficarem assim, confusos e prolixo como eu.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

run, baby..

Hoje o dia foi assim, cheio de jurisprudências, doutrinas e livros. Ainda sim, cheio de você. E está tudo tão a flor da pele que eu nem tive coragem de ir pro treino, não tenho coragem de te ver, e isso nunca tinha acontecido, eu fugindo de você.
Mesmo com dias tão cheios eu não consigo descansar de você. Ontem nada cabia em mim, fui pra Jaqueira caminhar e acabei correndo, o mais rápido que eu pude. Cheguei em casa ensopada, sem ar nem para uma água, e tudo que eu queria era você.
Já hoje, demorei uns quarenta minutos pra descer pra almoçar, tudo porque vi teu carro na frente do prédio e não tive coragem de te encarar.

Vivo fugindo, e tudo que eu faço me leva a você. Me diz, como eu faço pra te esquecer?

domingo, 14 de junho de 2009

E agora o amanhã, cadê?

Pensar que dia desses eu te escutei dizer que amava meu cheiro. Sim, amava. E quando eu disse que era cheiro de perfume de bebê, você olhou no meu olho com aquele sorriso lindo e disse que era mesmo, porque eu era a tua bebê. Foi nessa hora que meu coração parou.
Pensar que noite dessas tu me olhou e disse que amava meu beijo, e eu nem consegui responder nada. Só porque o chão saiu de baixo dos meus pés.
Pensar que desde aquele dia e daquela noite que eu continuo assim. O coração continua sem bater, e o chão ainda não voltou aos meus pés.
Pensar que eu só tenho paz quando eu fecho os olhos e te escuto dizendo aquelas e outras palavras no meu ouvido.
Pensar que com os dias, a memória vai ficando nublada, igual ao vidro do teu carro. Só que ainda sim a saudade é implacável, não tarda, não demora. E quando a memória me falhar, como o amanhã vai chegar?

sábado, 13 de junho de 2009

Oasis

Os pés cravados fundo na areia quente, a brisa leve, o sol queimando a pele. As costas no peito conhecido, a mão esquerda em laço. Jane Austin na direita e o pensamento leve.
De repente o bipe toca, o ar gela e o sono desce pelo edredom, escorre pela cama junto com o ar que no susto foge dos pulmões. Os olhos fecham e a pele parece não acreditar que foi um sonho.
Saudade do momento que nunca aconteceu, saudade de algumas palavras que eu ainda escuto no silêncio. Palavras sussurradas nas melhores horas, pelo melhor abraço.
Hora de voltar para a vida, pés no chão gelado, café no silêncio e se perder em livros. Mas não nos da Austin, hora de tentar esquecer e encontrar doutrinas, leis e normas.
Viver a vida que se tem e deixar o oasis para o travesseiro.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

careca

O tempo passa e nada fica mais fácil, tudo que eu quero é conseguir te deixar pra trás. Tudo que eu quero é ficar sozinha de novo, é me bastar.
Mesmo assim você tá em cada pensamento, cada lugar, em cada canto da casa e em cada pedaço de mim. Tudo que eu faço é tentar fechar a porta, mas ela teima em ficar entreaberta.
Tudo que eu quero é conseguir te olhar e não lembrar de nada, conseguir te abraçar e não sentir teu cheiro, aquele que é só teu.
Conseguir parar de procurar tua placa no trânsito, ou tua varanda.
Não rir das tuas brincadeiras sem graça, não olhar meu email o dia inteiro procurando teu nome.
Tudo que eu queria era conseguir manter o ar nos pulmões e as pernas firmes quando eu te escuto dizer meu nome, ou quando o celular toca.
Passo o dia tentando te esquecer e só lembro de você, cada detalhe, cada sorriso.
Quero é pegar meu senso de volta, te deixar e seguir em frente. Queria que cada problema fosse um problema e que cada empecilho me impedisse, mas parece que eles me motivam a lutar por você. Não quero mais motivações, quero esquecer tanto as lutas quanto quero esquecer você.
Mergulhei e estou me afogando, e em vez de tentar nadar pra cima tudo que eu consigo fazer é procurar por você e me frustro todas as vezes que percebo que não vou te ver. Mergulhei sozinha, sem perceber.

12 de julho

hora de respirar fundo e fechar a porta.